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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Hoje eu tenho saudade do que nunca tive. É um sentimento estranho esse que combina os desejos, o impossível e a vontade. Porque, todos os dias, abro meus olhos recebo a péssima notícia de que tudo era apenas um sonho,  e recebo a boa notícia de que meus olhos um dia podem aprender que podemos viver o lúdico de olhos bem abertos.


Mas essa tal saudade contagia todas as partes do meu corpo, e eu me vejo entregue a uma espera que nada tem a ver com a real raiz da palavra. Afinal, espera deveria ter tudo do que se remete à esperança. Contudo, hoje não há esperança.

Estou seca. Sou só saudade. De quê?
 
Do que nunca tive, do que vejo nos meus sonhos, do que gostaria de ter...

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